A AET é uma metodologia diferenciada que busca transformar a realidade por meio da atividade, identificar os fatores de riscos e os riscos ergonômicos e por meio disso propor melhorias das condições de trabalho.
Mas como é aplicada a AET?
A AET passa por três fases: a coleta, a análise e o documento.
Na fase da coleta é realizada a entrevista com os trabalhadores, observação in loco, registros fotográficos realizando as atividades, filmagens, medições dos mobiliários e avaliação dos riscos ambientais.
Já na análise varia de acordo com a demanda levantada na entrevista e na observação, pois somente a partir disso será possível saber qual embasamento utilizar para definir se é um risco.
Podendo ser utilizadas as normas, NR, ISO, ABNT, NHO ou ferramentas ergonômicas.
E a terceira fase é a elaboração do documento em si, com as planilhas por função e o plano de ação.
Mas, não pense que acabou, a AET não é um fim, é um meio, pois após a finalização documento é preciso fazer a gestão dos riscos encontrados.
Ou seja, a AET é um processo dinâmico.
Quais são os fatores de riscos ergonômicos?
Para realizar uma AET mais completa é essencial fazer o levantamento dos fatores de riscos ergonômicos a fim de direcionar a fase de coleta.
Dessa forma, existe a tabela 23 do eSocial, que possui 58 fatores de riscos que são divididos em 5 grandes grupos:
- Mobiliários e Equipamentos: voltado a qualidade das mesas, cadeiras, bancadas e layout
- Organizacionais: relacionado com as formas que a organização do trabalho impacta no trabalhador
- Ambientais: avaliação da iluminação, velocidade do ar, temperatura efetiva e umidade
- Psicossociais e Cognitivos: aspectos do trabalho que geram distúrbios psicossociais
Esses são os principais grupos de fatores da Ergonomia, como podemos ver essa ciência multidisciplinar não se restringe a postura e mobiliários, vai muito além.
Com isso, mesmo não sabendo se a Ergonomia permanece ou não no eSocial.
Essa tabela foi embasada por estudos e normas nacionais e internacionais que são a base da Ergonomia pura sendo mapeada no ambiente de trabalho.
Sabendo disso, a entrevista torna-se a principal ferramenta. que permitirá extrair do trabalhador quais fatores de riscos ergonômicos se enquadram em sua função e que pode ser melhorado para minimizar os riscos analisados, a fim de preservar a saúde e segurança dos trabalhadores.
Relação dos 58 fatores de riscos ergonômicos da tabela 23 do eSocial.
Autor: Luana Lacerda Santos – Auxiliar Segurança do Trabalho e Graduanda em Engenharia de Saúde e Segurança
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