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O que é e como funciona a cultura de segurança?

A Cultura de segurança é um conjunto de atitudes e costumes compartilhados por um grupo de pessoas e planejado para diminuir e evitar determinados riscos.

Ao longo desse artigo você vai descobrir mais sobre a cultura de segurança. Ou melhor, como mensurá-la!

Quando surgiu o termo cultura de segurança?

Um dado interessante a se comentar é que o termo cultura de segurança foi citado pela primeira vez após a famosa explosão da usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia.

A partir daí descobrimos a importância da cultura de segurança e logo surgiram inúmeros estudos com o objetivo de conceituar e mensurar o que de fato é a cultura de segurança.

O fato é que cultura de segurança é um termo muito usado,  mas o conceito não é claro.

Isso ocorre desde que o termo surgiu, segundo pesquisadores, a definição dada no relatório do acidente de Chernobyl deixou o significado do termo aberto para interpretações.

O que é cultura de segurança?

Certamente hoje muitos concordam que cultura de segurança existe na organização quando a cultura organizacional prioriza a segurança do trabalho ou possui aspectos que  impactam positivamente as atitudes dos membros no que diz respeito a segurança do trabalho, podemos dizer em outras palavras que é um conjunto de crenças, valores e normas partilhados pelos membros de uma empresa.

Sendo assim, o surgimento dessa noção de cultura de segurança positiva sensibilizou diversas empresas quanto a isso, pois hoje existe uma tendência de mudar a ênfase de fatores individuais como causas de acidentes do trabalho para os fatores organizacionais.

Conforme essas empresas então são caracterizadas pela comunicação fundada na confiança mútua, pela percepção compartilhada da importância da segurança e pela confiança na eficácia das medidas de prevenção. 

Mas como podemos mensurar a cultura de segurança?

Existem duas formas de mensurar a cultura de segurança. A primeira refere-se ao modelo de maturidade para a cultura de segurança de Fleming, em que é dividido em 5 estágios, sendo eles eles:

  • Emergindo,
  • Gerenciando,
  • Envolvimento,
  • Cooperando e melhoria continua, pelos quais a empresa irá progredir sequencialmente.

O estágio é determinado com base no tratamento que a empresa dá a dez fatores importantes para a formação da cultura de segurança, são eles:

  • Comprometimento e visibilidade dos gerentes,
  • Comunicação,
  • Produção vs segurança,
  • Aprendizagem organizacional,
  • Recursos para segurança do trabalho,
  • Participação dos empregados,
  • Percepção compartilhada dos empregados sobre segurança do trabalho,
  • Confiança,
  • Treinamento e relações industriais e satisfação no trabalho.

Cultura de segurança funciona?

No entanto esse modelo funciona somente em organizações que atendam os seguintes critérios:

  • Tenha um sistema de gestão de segurança do trabalho adequado,
  • A maioria dos acidentes do trabalho não são causados por falhas técnicas,
  • Atenda as leis e normas de segurança do trabalho,
  • E ter o setor de segurança dirigido a evitar acidentes.

Já no modelo de hudson um dos fatores mais importantes para a segurança é a informação, pois a falha do fluxo de informação está presente em muitos grandes acidentes.

Não podemos entender a qualidade da comunicação simplesmente em como ela flui de A para B, mas a relevância, a oportunidade e a conveniência da informação para quem está recebendo a mensagem.

Quais os estágios de cultura?

Desta forma ele também criou 5 estágios de cultura:

  • Estágio patológico – neste estágio não há ações na área de segurança do trabalho na organização. O máximo que procura fazer é atender à legislação.
  • Estágio reativo – neste estágio as ações da organização da área de saúde e segurança no trabalho são realizadas somente depois de acidentes do trabalho terem acontecido. Ações não são sistemáticas, busca dar respostas aos acidentes do trabalho, procurando remediar a situação.
  • Estágio calculativo – neste estágio a organização tem sistema para gerenciar riscos nos locais de trabalho, mas ainda não tem a visão sistêmica da saúde, segurança e meio ambiente. Ações estão mais voltadas para quantificar os riscos.
  • Estágio proativo – é o desenvolvimento do estágio de transição para o estágio da cultura construtiva. O líder da organização, com base nos valores da organização, conduz as melhorias contínuas para a saúde, 
  • Estágio construtivo – Existe um sistema integrado de saúde, segurança e meio ambiente, no qual a organização se baseia e se orienta para realizar seus negócios. A organização tem as informações necessárias para gerir o sistema de segurança do trabalho, está constantemente tentando melhorar e encontrar as melhores formas de controlar os riscos.

Observamos nos modelos de maturidade que citei, que uma organização pode evoluir de um estágio de cultura na qual a segurança do trabalho praticamente inexistente até um estágio ideal de segurança.

Esta evolução é possível quando se conhece o estágio em que a cultura de segurança se encontra e quais seus pontos fracos, para estabelecer as ações necessárias para que ela passe para o estágio seguinte.

Uma empresa somente pode se considerar com uma cultura de segurança, em que a segurança do trabalho é um valor, quando ela atingir o último estágio de maturidade.

Não existem culturas de segurança fracas ou fortes, mas estágios de maturidade de cultura ou cultura em evolução.

Quais os fatores favorecem a cultura de segurança?

Alguns fatores favorecem a evolução na cultura, são eles:

  • Forte comprometimento do líder com a segurança do trabalho;
  • Contato próximo e melhor comunicação entre todos os níveis da organização;
  • Maior controle de riscos;
  • Uma força de trabalho madura e estável;
  • Boa seleção de pessoal;
  • Procedimentos de promoção justo e transparente;
  • Adotar políticas de segurança formais;
  • Além de priorizar a segurança no mesmo nível de outros objetivos da empresa, ou seja, fazer auditorias regularmente para buscar o desenvolvimento das ações de melhoria contínua;

Como criar um cultura dentro da sua empresa?

Criar uma cultura de segurança não é uma tarefa fácil e exige tempo, ela não é algo que brota pronto numa empresa, ela emerge gradualmente.

É preciso aprender com os erros, adotar medidas pé no chão e estar sempre atento ao feedback dos funcionários.

Assim que instaurada eu garanto o quanto gratificante será ver a redução dos acidentes, o crescimento da confiança e consequentemente mais produtividade.

Não há dúvida que empresas com uma melhor cultura de segurança são mais bem sucedidas na prevenção de acidentes.

Autor:  Guilherme Severiano Lage / Engenheiro de saúde e segurança.

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