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Dia mundial da Hemofilia  

O QUE LEVAR EM CONTA NO TRABALHO SENDO HEMOFÍLICO

Antes de mais nada é importante ressaltar que com o tratamento profilático adequado, um hemofílico tem condições de realizar qualquer tipo de trabalho.

É claro que existe sempre a necessidade da prevenção e cuidados para evitar hemorragias. Atividades que exijam correr, carregar peso em excesso ou que exijam que a pessoa realize grandes deslocamentos a pé de forma rotineira, devem ser evitadas. Fora esses cuidados, o desenvolvimento das atividades acontece de forma normal.

Caso seja a primeira experiência no mercado de trabalho, é importante que a pessoa sempre ande com seu cartão de identificação para que, em caso de intercorrências, possa ser atendido ou amparado de forma adequada. Outro ponto é informar seu empregador da sua condição de doente hemofílico. Omitir essa informação pode colocar em risco a sua saúde e causar transtornos caso você precise faltar ao trabalho para realizar seu tratamento.

É importante ressaltar que, segundo os hematologistas, uma pessoa que tem acesso a profilaxia fica totalmente inserida na vida social, ou seja, não perde aulas, não falta ao trabalho e passa a ser produtiva.

A IMPORTÂNCIA DA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

Como a hemofilia é diagnosticada logo na infância, é importante que os familiares incentivem a prática de exercícios e a ida à escola como parte do processo para trabalhar a confiança e autoestima. Apesar das limitações da doença no âmbito físico, estar com os estudos em dia e se capacitar para almejar uma profissão e um lugar no mercado de trabalho é essencial.

De acordo com pesquisas feitas pela Universidade Federal de Santa Catarina, quando for necessário a falta por intercorrências hemorrágicas ou outros problemas, os responsáveis junto à escola precisam pensar em alternativas para minimizar essas perdas. Uma informação importante que precisa ser de conhecimento mútuo entre as partes diz respeito ao Decreto-Lei nº1.044/69, que isenta os hemofílicos de faltas escolares causadas por crises hemorrágicas.

Investir nos estudos faz com que o indivíduo consiga empregos melhores e compatíveis com as limitações que a sua doença impõe. Atualmente, muitos ainda trabalham em locais e exercem atividade que não são compatíveis, o que gera problemas sérios e que resultam em faltas que poderiam ser evitadas.

O QUE A LEGISLAÇÃO GARANTE AO HEMOFÍLICO

Seguindo as leis vigentes e que garantem segurança ao trabalhador, a Previdência também assegura à pessoa com hemofilia recursos para que sejam usados de suporte, tanto para os que não conseguem entrar no mercado de trabalho quanto para aqueles que trabalham de maneira inadequada. Os benefícios mais comuns são a aposentadoria por invalidez (Lei nº8.213/91, art.42) e o auxílio-doença (Lei nº8.213/91, art. 59).

Importante ressaltar que os portadores de hemofilia conseguem acessar esses serviços do governo caso se enquadrem nos critérios de renda para os benefícios, mas ainda há muito o que reivindicar para que os hemofílicos e seus familiares possam ter todo o suporte necessário para poderem exercer suas atividades com dignidade.

Entrar no mercado de trabalho e estar qualificado para exercer a função é um dos requisitos básicos para que todo o ser humano se sinta útil em sociedade e possa ganhar seu dinheiro. Porém, para os hemofílicos, o passo a passo para alcançar esses objetivos profissionais requer atenção redobrada e ainda mais, ultrapassar a barreira do preconceito e falta de informação que muitos empregadores têm em relação à doença.


Um dos fatores para essa desconfiança dos empregadores se deve ao fato do tratamento antigo não prever a profilaxia desde a infância, conforme recomendado. Dessa forma, hemofílicos com até 25 anos enfrentavam muito mais intercorrências clínicas, o que os obrigava a faltar ao trabalho e até mesmo às instituições de ensino as quais estavam matriculados para realizarem os tratamentos adequados.


Graças a nova visão em relação à doença e ao programa de tratamento para hemofílicos disponibilizado pelo governo federal, essa é uma realidade mais distante para alguns portadores da doença. Mesmo com algumas limitações, geralmente causadas pela hemorragia em músculos e articulações, o indivíduo tem plenas capacidades de entrar no mercado de trabalho e exercer sua função adequadamente.

Rodrigo

Rodrigo

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