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Cores nas empresas em prol do bem estar e prevenção de acidentes.

O Brasil é considerado um dos países recordistas mundiais de acidentes do trabalho, atualmente está no quarto lugar, com três mortes a cada duas horas e três acidentes não fatais a cada minuto.  Os gastos para o Governo, com este tema,  alcançam o valor de R$72 bilhões de reais ao ano, numa estimativa bastante conservadora.

Com índices tão alarmantes, faz-se necessário uma releitura na maneira de se analisar os acidentes de trabalho no País, e este novo enfoque  passa pela modernização dos layout das fábricas, redução da jornada de trabalho excessiva, maior conscientização dos trabalhadores nos treinamentos de segurança, e a utilização da psicologia das cores, para o conforto e satisfação dos trabalhadores, como ferramenta de prevenção de acidentes.

Cores nas empresas em prol do bem estar e prevenção de acidentes

De todos os itens citados acima, abordaremos neste trabalho as vantagens da utilização da psicologia das cores  na melhoria do ambiente de trabalho e também como prevenção de acidentes.

Qualquer programa de segurança no trabalho, para ser bem sucedido, passa por uma sinalização de segurança, através das cores, como ferramenta de prevenção, principalmente para aqueles grupos de pessoas com dificuldades para a leitura, sendo a identificação e compreensão da situação quase que imediata.

01 publicação 17 março

A aplicação funcional das cores consiste na utilização destas segundo o propósito de satisfazer as necessidades de eficiência e conforto, que estão diretamente relacionadas ao desempenho no trabalho e a segurança do trabalhador.

Estudos sustentam a noção de que a cor é capaz de propiciar bem estar, satisfação e contentamento, com as seguintes vantagens:

– Aumento no desempenho do trabalhador, resultando em maior produtividade;

– Melhoria no padrão de qualidade do trabalho desempenhado;

– Menor fadiga visual, através da adaptação dos contrastes;

– Reações psicológicas positivas, reações estas relacionadas ao humor, satisfação e motivação;

– Redução do índice de acidentes;

– Melhoria no clima social de trabalho;

– Facilidade de conservação e limpeza do ambiente.

Embora em muitas organizações a prática de utilizar as cores em prol da prevenção não seja ainda uma realidade, desde muito ela é prevista na norma regulamentadora NR-26. No entanto, não basta simplesmente colorir os espaços de trabalho, é preciso que a escolha das cores seja criteriosa  e esteja adequada à função do espaço, ás características da tarefa e dos usuários que vivenciam esse espaço.

Vários estudos realizados por diversos autores sugerem que a cor pode ser utilizada para ajudar os indivíduos a se sentirem mais confortáveis no ambiente de trabalho, tanto fisicamente como emocionalmente.

Através do conhecimento e aplicação da psicologia das cores, em um  departamento de determinada empresa, aonde os trabalhadores realizam trabalhos monótonos, pode-se utilizar uma cor mais estimulante, enquanto que em outro cujas atividades necessitam de concentração, pode-se utilizar uma cor menos estimulante, procurando sempre encontrar o equilíbrio entre o conforto e a eficiência, daqueles trabalhadores que vivenciam aquele espaço.

A diferença básica entre as cores quentes e frias (Figura 1) é a amplitude e o comprimento da onda eletromagnética.   Devido a lentidão do raio vermelho, ele esquenta, enquanto as cores ditas frias vibram tão depressa que não dá tempo de aquecer o local.

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As cores quentes devem ser usadas em ambientes que não recebem muita luz natural, pois aquecem e iluminam o espaço, enquanto que em ambientes que recebem muita luz natural devem ser evitadas, pois transmitem neste caso, sensação de abafamento e diminuem o espaço, acabando por se tornarem cansativas e pesadas. As cores escuras criam a sensação de aproximação, enquanto que as claras dão a impressão de maior amplitude.

No chão de fábrica,as cores de sinalizações, advertências,   avisos, nas tubulações ( Tabela 1 ) de incêndio,  ar comprimido,  água potável,  fiação elétrica, gases, vácuo, máquinas, partes girantes das máquinas,  máquinas em manutenções, recipientes de separações de resíduos, placas de sinalizações, devem ser elaboradas com critério para não causar fadiga visual nos trabalhadores, mas principalmente devem ser compreendidas pelos mesmos, senão que valia terão ?

Esta conscientização é de responsabilidade do SESMT, e em especial do Engenheiro de Segurança do Trabalho, e do Técnico de Segurança do Trabalho, que devem treinar e incentivar  os trabalhadores sobre o que cada cor significa e para que serve.

03 publicaçao 17 março

Tudo isto associado aos treinamentos tradicionais de segurança no trabalho, envolvendo também os mapas de riscos, análise preliminar de riscos (APR), rotas de fugas,  utilização correta de EPI’s,EPC’s, Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais (PPRA),  primeiros socorros, triângulo do fogo, etc. irão capacitar o País a reduzir os altos índices de acidentes do trabalho, que infelizmente, hoje detemos.

Autor: Leôncio Ubiratan Peres

Engenheiro de Segurança do Trabalho

Colaboração: Ana Paula Vaz- Unidade Itabira/Mg.

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